sábado, 23 de abril de 2011

II ENCONTRO DE APOIO PEDAGÓGICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

"A Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e a língua portuguesa são as línguas que permeiam a educação de surdos e se situam politicamente enquanto direito. A aquisição dos conhecimentos em língua de sinais é uma das formas de garantir a aquisição da leitura e escrita da língua portuguesa pela criança surda. O ensino da Língua de sinais e o ensino de português, de forma consciente,é um modo de promover o processo educativo.” 
                                      CLÁUDIA DUTRA 

Momentos de estudo, troca de experiências e desconcentração no II Encontro de Apoio Pedagógico de 2011, promovido pela equipe da Divisão de Atendimento as Necessidades Educacionais Especiais do município de Luziânia.
Preparamos estes encontros com muita dedicação, amor e com o objetivo de ajudar a prática pedagógica dos professsores presentes.
Beijos Erci Gaspar  



















terça-feira, 12 de abril de 2011

TRABALHANDO SEXUALIDADE

Muitos professores sentem dificuldade de trabalhar este tema com seus alunos, porém é de extrema importância que o façamos, pois verifica-se que muitas das famílias ainda nos dias atuais não sabem lhe dar com o assunto, deixando a mercê da sociedade o ensinamento de seus filhos. Logo, segue-se abaixo um texto que muito pode nos ajudar para a preparação da abordagem deste assunto com os alunos.

É papel da escola alertar sobre gravidez precoce e
doenças sexualmente transmissíveis
Conversar sobre sexo com adolescentes não é fácil, mas se faz necessário, pois por volta dos dez anos de idade as crianças começam a valorizar o assunto, até mesmo porque seu corpo está se modificando.
O tema deve ser abordado com naturalidade, mas através de aulas planejadas e organizadas, levantando vários tipos de informações.
Um projeto sobre o assunto é uma excelente forma de se trabalhar. Alguns livros podem orientar o desenvolvimento de uma boa atividade, afinal, se pautar nas teorias é ainda a melhor forma de valorizar o trabalho de pesquisa na escola.
É de grande relevância informar as famílias sobre o tema que será abordado, a fim de evitar problemas com pais mais rígidos, que não gostam de falar sobre o assunto ou acham que a escola acaba incentivando a sexualidade quando discute o tema. É importante esclarecer que existem as necessidades da idade, que as pessoas precisam se conhecer, saber dos riscos que correm com doenças, dos perigos da internet através das relações virtuais, etc.
O primeiro passo é conversar com a turma, fazendo uma prévia pesquisa sobre as dúvidas, curiosidades, se existe interesse no tema, etc. Muitas vezes tentamos direcionar um assunto, mas os alunos estão mais interessados em coisas da atualidade, então o melhor é ouvi-los.
Caso o tema seja aceito, é importante propor que pesquisem e levem os materiais para a aula, a fim de iniciarem as discussões. Na aula seguinte, peça que cada aluno apresente o material pesquisado, o que considera importante para oferecer aos colegas. Depois da explanação das pesquisas e todo o material, podem começar confeccionando cartazes informativos para serem distribuídos pelo pátio da escola.
A divisão dos temas qualifica ainda mais o trabalho. Um grupo monta seu cartaz sobre o aparelho reprodutor, outro grupo sobre sexualidade e descoberta do corpo, outro grupo sobre gravidez e gravidez na adolescência, outro sobre doenças sexualmente transmissíveis, e o último sobre métodos anticoncepcionais, etc. Tudo vai depender dos temas levantados pelos estudantes e das reportagens levadas para a sala de aula.
A partir da aula seguinte, o professor se torna o coautor da apresentação dos assuntos, com explanação dos mesmos a fim de orientar os alunos, esclarecer dúvidas, informar. As aulas devem ser diferentes, com transparências, apresentações de vídeos, filmes, textos, relatos de experiências, jovens que engravidaram, o sofrimento e as limitações da gravidez na adolescência, a seriedade das doenças sexualmente transmissíveis, abuso sexual, pedofilia, hormônios masculinos e femininos, masturbação, mudanças no corpo, o respeito e o amor nas relações sexuais, as fofocas e os mitos, assuntos da atualidade, homossexualismo, etc.
Alguns livros podem orientar sobre o assunto e são muito interessantes para os jovens. Liliana e Michele Iacocca são autoras do livro “O Planeta Eu, conversando sobre sexo”, da editora Ática. O livro faz uma abordagem muito clara sobre o assunto, tendo dois personagens principais, um menino e uma menina, que vão conversando sobre sexualidade e descobrindo novas informações.
Filmes também são excelentes formas de informação, e muitos alunos não tem acesso aos mesmos, além de transformar a aula em um momento de cinema, com direito a pipoca e tudo mais. Regras da Vida trata de aborto, Jefrey de caso com a vida fala da AIDS. Garota Interrompida e Garotos não Choram abordam sexualidade, com tema adulto. É preciso pedir autorização da coordenação da escola para decidir sobre o filme a ser exibido, pois muitos pais não permitem tal conteúdo. Além disso, é bom ter cuidado, pois os meninos podem ficar em “situação de perigo”, afinal, nessa idade os hormônios estão à tona. É melhor que o filme não tenha cenas de sexo.
A apresentação dos métodos contraceptivos é muito importante, desde os mais simples até os mais complexos. O professor se encarregará de levá-los para a sala de aula. Algumas escolas possuem os kits de ciências que já vem com os mesmos. São camisinha masculina, camisinha feminina, diafragma, espermicidas, cartela de anticoncepcional, adesivos, injeções, DIU (Dispositivo Intrauterino), laqueadura e vasectomia.
São vários temas que podem ser desenvolvidos dentro do projeto, mas todos aqueles que forem de maior interesse dos alunos devem ser registrados para uma exposição ao final, como os cartazes das pesquisas. Ao final do projeto, os alunos poderão montar um estande no pátio da escola e apresentar para a comunidade escolar tudo que foi pesquisado e aprendido.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 7 de abril de 2011

TRAGÉDIA NA ESCOLA NO RIO DE JANEIRO

Fala dos alunos :
"Todo mundo deitou no chão e se manteve em silêncio. A professora pediu para que a gente ficasse sem fazer barulho para não chamar a atenção do matador", disse.

"Muito colega chorando, eu pensei comigo 'se ele entrar todo mundo morre'. Fiquei feliz quando vi a minha mãe, mas foi um filme de terror. Não dá para esquecer uma coisa como essas."

Hoje chorei ao ver o Jornal Nacional, acredito que todos nós professores, nos imaginamos em uma situação de violência absurda dessa. E questionamos, o que podemos fazer para evitar ato dão desumano como esse? Acredito, que devemos continuar nossa tarefa de ensinar e mais, de percebermos que a cada dia somos um alicerce para as crianças das nossas salas de aula. Como? Infelismente muitos de nossos alunos, diria que a maioria, não encontra disciplina, respeito, amor e compreensão dentro de casa.
Logo, nós como professores sem percebermos estamos fazendo essa tarefa da família. E claro como todo ser humano, erramos às vezes, por não percebermos que aquele aluno tímido e retraído às vezes esta sofrendo por insatisfação, bullying e até mesmo por uma colocação verbal sem pensar, podendo assim acender um sentimento de fúria e violência.
É díficil de falar sobre tudo isso, más gostaria muito que todos professores  refletissem sobre a importância de sua atuação dentro de sala de aula. Haja vista que para maioria de nossos alunos somos o único exemplo de sucesso que eles tem.
 Erci Gaspar

ENSINO DE PORTUGUÊS PARA SURDOS

É importante destacar que a Língua de Sinais é natural, no sentido de que não há impedimento para a sua aquisição pelos surdos. Ser natural não significa ser inata, pois do mesmo modo que as demais línguas ela será aprendida, nas diferentes situações de intervenção entre seus usuários.
"A Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e a língua portuguesa são as línguas que permeiam a educação de surdos e se situam politicamente enquanto direito. A aquisição dos conhecimentos em língua de sinais é uma das formas de garantir a aquisição da leitura e escrita da língua portuguesa pela criança surda. O ensino da Língua de sinais e o ensino de português, de forma consciente,é um modo de promover o processo educativo.” ( DUTRA)
QUAIS AS ESPECIFICIDADES ENVOLVIDAS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DO PORTUGUÊS POR ESTUDANTES SURDOS?
Língua Portuguesa = Língua Estrangeira

ALGUMAS DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA ESCRITA DE TEXTO DE ALUNOS SURDOS:
Ortografia: geralmente, a escrita dos surdos apresenta boa incorporação das regras ortográficas, facilitada por sua excelente capacidade visual para memorização de palavras, exceto nas questões de acentuação e pontuação. O que poderá acontecer são trocas nas posições das letras, tais como:
Froi ( frio )
Frime ( firme )
Brasíl ( brasil )
Perto ( preto )

* Artigos: são omitidos ou utilizados inadequadamente, uma vez que os mesmos não existe em libras.
Exemplo: * Eu vi o televisão.
* A avião.
* A sofá.
* A caderno.

Elementos de ligação (preposição, conjunções, pronomes relativos, entre outros): é feito o uso inadequado e / ou há ausência, nas produções dos surdos, uma vez que são inexistentes em LIBRAS.

Exemplo:
Eu precisa # camisinha mulher precisa # camisinha # mochila.
Eu gosta não # homossexual, só gosto # mulher.


Gênero (masculino / feminino) e número (singular / plural): a ausência de desinência para o gênero e número em LIBRAS é um dos aspectos evidentes da interferência dessa língua na escrita.
Exemplo:
* Eu vi televisão muito pessoa tem Aids.
* A minha mãe faz uma bolo chocolate bom.
Verbos: Por apresentarem sem flexão de tempo, modo e pessoa na LIBRAS, causa interferência significativa na escrita, tendendo os surdos apresentarem os verbos em sua forma infinitiva na escrita.
Exemplo: * Nós pego muito Aids precisar exame de sangue.
* O Brasil ganhar uma bola.
* Eu sempre sair minha namorada na cinema.
* (...) eu quase sempre jantar fora eu peço o garçom preferir de mesa sem fumo.
Verbos de ligação: a omissão frequente dos verbos SER, ESTAR, FICAR, etc. , isto se deve à prevalência da estrutura gramatical da LIBRAS, na qual o uso do verbo de ligação é inexistente, fazendo com que ocorram em português.
Exemplo:
* Eu ver televisão um homem ensina Aids ajuda nosso pessoa aprender precisa camisinha muito cuidado Aids.
* Deus ver dói problema muitos são povos Aids.
Organização Sintática: os enunciados são geralmente curtos, com poucas orações subordinadas ou coordenadas. Isto se dá porque na LIBRAS, embora a organização sintática básica seja SVO (sujeito – verbo – objeto), podem ocorrer diferenças, tais como OSV e OVS.
Exemplo:* OSV: - Curitiba boa passear # vi. (Eu vi que é bom passear em Curitiba.)
- O menino # vi televisão camiseta do Brasil. ( Eu vi um menino com a camiseta do Brasil na televisão.)
* OVS: - O futebol joga Barsil. (O Brasil joga futebol)
- Bonito é Jardim Botânico. (O Jardim Botânico é bonito)
*SVO: - O André viu Jardim Botânico.
- Eu vi muito rio.

Negação: em algumas situações, ocorre após a forma verbal.
Exemplo:
* Nós amigos tem não Aids.
* Eu sabe namorado conversar precisa sangue médico conhece não Aids
Ao se deparar com um texto elaborado por uma pessoa surda, o professor deve manter uma atitude diferenciada que não parta das aparentes limitações iniciais apresentadas, mas das possibilidades que as especificidades dessa construção contempla; que não busque o desvio da normalidade, mas as marcas implícitas e explícitas da diferença linguística subjacente.
Atividades imprescindíveis para o ensino de português para o aluno surdo
As atividades de vivências sempre devem ser antecedidas pela leitura de textos em sinais.
A leitura precisa estar contextualizada:
* É importante que antes da leitura o professor provoque o interesse pelo tema da leitura por:
- uma discussão prévia do assunto;
- um estimulo visual;
- uma brincadeira;
- uma atividade que os conduza ao tema.
No caso de histórias, pode-se parar a leitura em um ponto interessante e continua-la somente em outro momento, deixando nos alunos a expectativa do que irá acontecer, permitindo que opinem sobre o desfecho da mesma comparando posteriormente com o final escolhido pelo autor.
Trabalhar com palavras – chaves do texto é muito útil. Isso não significa listar o vocabulário presente no texto, mas discutir com os alunos sobre as palavras que aparecem no texto, estimulando-os a buscar seu significado.
No contexto do aluno surdo, a leitura passa por diversos níveis:
Concreto – sinal: ler o sinal que refere coisas concretas, diretamente relacionadas com a criança.
Desenho – sinal: ter o sinal associado com o desenho que pode representar o objeto em si ou a forma da ação representada por meio do sinal.
Desenho – palavra escrita: ler a palavra representada por meio do desenho relacionado com o objeto em si ou a forma da ação representada por meio do desenho na palavra.
Alfabeto manual – sinal: estabelecer a relação entre o sinal e a palavra no português soletrada por meio do alfabeto manual.
5) Alfabeto manual – palavra escrita: associar a palavra escrita com o alfabeto manual.
6) Palavra escrita no texto: ler a palavra no texto.

Exemplo: CASA

“Na medida que o aluno compreende o texto, ele começa a produzir textos. Ele começa a escrever textos. A escritura é um processo que se constrói por meio do registro das atividades realizadas na própria sala de aula e de experiências vivenciadas pela própria criança.” (Müller,2006)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Você precisa ser surdo para entender

Autores:Willerd e Madsen

Como é "ouvir" uma mão?
Você precisa ser surdo para entender!
O que é ser uma pequena criança
na escola, numa sala sem som
com um professor que fala, fala e fala
e, então
quando ele vem perto de você
ele espera que você saiba o que ele disse?
Você precisa ser surdo para entender!
Ou o professor que pensa
que para torná-lo inteligente
você deve, primeiro, aprender
como falar com sua voz assim
colocando as mãos no seu rosto
por horas e horas sem paciência ou fim
até sair algo indistinto
assemelhado ao som?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é ser curioso
na ânsia por conhecimento próprio
com um desejo interno
que está em chamas
e você pede a um irmão, irmã e amigo
que respondendo lhe diz:
"Não importa"?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é estar de castigo num canto
embora não tenha feio
realmente nada de errado
a não ser tentar fazer uso das mãos
para comunicar a um colega silencioso
um pensamento que vem, de repente, a sua mente?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é ter alguém a gritar
pensando que irá ajudá-lo a ouvir
ou não entender as palavras
de um amigo que está tentando
tornar a piada mais clara
e você não pega o fio da meada
porque ele falhou?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é quando riem na sua face
quando você tenta repetir o que foi dito
somente para estar seguro que você entendeu
e você descobre que as palavras foram mal entendidas?
E você quer gritar alto:
"Por favor, me ajude, amigo!
Você precisa ser surdo para entender!
Como é ter que depender de alguém
que pode ouvir
para telefonar a um amigo
ou marcar um encontro de negócios
e ser forçado a repetir o que é pessoal
e, então, descobrir que seu recado
não foi bem transmitido?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é ser surdo e sozinho
em companhia dos que podem ouvir
e você somente tenta adivinhar
pois não há ninguém lá com uma mão ajudadora
enquanto você tenta acompanhar
as palavras e a musica?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é estar na estrada da vida
encontrar com um estranho que abre a sua boca
e fala alto uma frase a passos rápidos
e você não pode entendê-lo e olhar seu rosto
porque é difícil
e você não o acompanha?
Você precisa ser surdo para entender!
Como é compreender alguns dados ligeiros
que descrevem a cena
e fazem você sorrir
e sentir-se sereno com
a "palavra falada' de mão em movimento
que torna você parte deste mundo tão amplo?
 

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE SURDOS

Até à Idade Média
No Egito, os Surdos eram adorados, como se fossem deuses, serviam de mediadores entre os deuses e os Faraós, sendo temidos e respeitados pela população.
Na época do povo Hebreu, na Lei Hebraica, aparecem pela primeira vez, referências aos Surdos.


Grécia

Na Antigüidade os chineses lançavam-nos ao mar, os gauleses sacrificavam-nos aos deuses Teutates, em Esparta eram lançados do alto dos rochedos. Na Grécia, os Surdos eram encarados como seres incompetentes. Aristóteles,[3] ensinava que os que nasciam surdos, por não possuírem linguagem, não eram capazes de raciocinar. Essa crença, comum na época, fazia com que, na Grécia, os Surdos não recebessem educação secular, não tivessem direitos, fossem marginalizados (juntamente com os deficientes mentais e os doentes) e que muitas vezes fossem condenados à morte. No entanto, em 360 a.C., Sócrates, declarou que era aceitável que os Surdos comunicassem com as mãos e o corpo. Séneca afirmou:
Matam-se cães quando estão com raiva; exterminam-se touros bravios; cortam-se as cabeças das ovelhas enfermas para que as demais não sejam contaminadas; matamos os fetos e os recém-nascidos monstruosos; se nascerem defeituosos e monstruosos, afogamo-los, não devido ao ódio, mas à razão, para distinguirmos as coisas inúteis das saudáveis. [4]


— '
Os Romanos, influenciados pelo povo grego, tinham ideias semelhantes acerca dos Surdos, vendo-o como ser imperfeito, sem direito a pertencer à sociedade, de acordo com Lucrécio e Plínio. Era comum lançarem as crianças surdas (especialmente as pobres) ao rio Tibre, para serem cuidados pelas Ninfas. O imperador Justiniano, em 529 a.C., criou uma lei que impossibilitava os Surdos de celebrar contratos, elaborar testamentos e até de possuir propriedades ou reclamar heranças (com excepção dos Surdos que falavam).


Roma

Em Constantinopla, as regras para os Surdos eram basicamente as mesmas. No entanto, lá os Surdos realizavam algumas tarefas, tais como o serviço de corte, como pajens das mulheres, ou como bobos, de entretenimento do sultão.
Mais tarde, Santo Agostinho defendia a ideia de que os pais de filhos Surdos estavam a pagar por algum pecado que haviam cometido. Acreditava que os Surdos podiam comunicar por meio de gestos, que, em equivalência à fala, eram aceites quanto à salvação da alma.
A Igreja Católica, até à Idade Média, cria que os Surdos, diferentemente dos ouvintes, não possuíam uma alma imortal, uma vez que eram incapazes de proferir os sacramentos.
John Beverley, em 700 d.C., ensinou um Surdo a falar, pela primeira vez (em que há registo). Por essa razão, ele foi considerado por muitos como o primeiro educador de Surdos.
É só aqui, no fim da Idade Média e inicio do Renascimento, que saímos da perspectiva religiosa para a perspectiva da razão, em que a deficiência passa a ser analisada sob a óptica médica e científica.
[editar] Até à Idade Moderna
Foi na Idade Moderna que se distinguiu, pela primeira vez, surdez de mudez. A expressão surdo-mudo, deixou de ser a designação do Surdo.


Pedro Ponce de León

Pedro Ponce de León inicia, mundialmente, a história dos Surdos, tal como a conhecemos hoje em dia. Para além de fundar uma escola para Surdos, em Madrid, ele dedicou grande parte da sua vida a ensinar os filhos Surdos, de pessoas nobres, nobres esses que de bom grado lhe encarregavam os filhos, para que pudessem ter privilégios perante a lei (assim, a preocupação geral em educar os Surdos, na época, era tão somente económica). León desenvolveu um alfabeto manual, que ajudava os Surdos a soletrar as palavras (há quem defenda a ideia de que esse alfabeto manual foi baseado nos gestos criados por monges, que comunicavam entre si desta maneira pelo facto de terem feito voto de silêncio).
Nesta época era costume que as crianças que recebiam este tipo de educação e tratamento fossem filhas de pessoas que tinham uma situação económica boa. As demais eram colocadas em asilos com pessoas das mais diversas origens e problemas, pois não se acreditava que pudessem se desenvolver em função da sua "anormalidade".[5]
Juan Pablo Bonet, aproveitando o trabalho iniciado por León, foi estudioso dos Surdos e seu educador. Escreveu sobre as maneiras de ensinar os Surdos a ler e a falar, por meio do alfabeto manual. Bonet proibia o uso da língua gestual, optando o método oral.
John Bulwer, médico inglês, acreditava que a língua gestual deveria possuir um lugar de destaque, na educação para os Surdos; foi o primeiro a desenvolver um método para comunicar com os Surdos. Publicou vários livros, que realçam o uso de gestos.
John Wallis (1616-1703), educador de Surdos e estudioso da surdez, depois de tentara ensinar vários Surdos a falar, desistiu desse método de ensino, dedicando-se mais ao ensino da escrita. Usava gestos, no seu ensino. George Dalgarno desenvolveu um sistema inovador de dactilologia. Konrah Amman, defensor da leitura labial, já que considerava que a fala era uma dádiva de Deus que fazia com que a pessoa fosse humana (não considerava os Surdos que não falavam como humanos). Amman não fazia uso da língua gestual, pois acreditava que os gestos atrofiavam a mente, embora os usasse como método de ensino, para atingir a oralidade.


França

Charles Michel de L'Épée, nascido em 1712, ensinava, numa primeira fase, os Surdos, por motivos religiosos. Muitos o consideram criador da língua gestual. Embora saibamos que a mesma já existia antes dele, L'Épée reconheceu que essa língua realmente existia e que se desenvolvia (embora a não considerasse uma língua com gramática). Os seus principais contributos foram:
• criação do Instituto Nacional de Surdos-Mudos, em Paris (primeira escola de Surdos do mundo);
• reconhecimento do Surdo como ser humano, por reconhecer a sua língua;
• adopção do método de educação colectiva;
• reconhecimento de que ensinar o Surdo a falar seria perda de tempo, antes que se devia ensinar-lhe a língua gestual.
Ver artigo principal: Charles Michel de L'Épée
Jacob Rodrigues Pereira, educador de Surdos que usava gestos mas sempre defendeu a oralização dos Surdos. Nunca publicou nenhum dos seus estudos. Thomas Braidwood, fundou uma escola de Surdos, em Edimburgo (a primeira escola de correcção da fala da Europa). Samuel Heinicke, ensinou vários Surdos a falar, criando e definindo o método hoje conhecido como Oralismo.
[editar] Até à Idade Contemporânea
Depois da Revolução Francesa e durante a Revolução Industrial, entrou-se numa era de disputa entre os métodos oralistas e os baseados na língua gestual. Roch-Ambroise Cucurron Sicard foi um abade francês, famoso pelo seu trabalho como educador de Surdos; Sicard fundou a escola de Surdos de Bordéus, em 1782, posteriormente sucedeu a L'Épée, como director do instituto criado pelo mesmo, também apoiou a criação de vários institutos de surdos em todo o país. Pierre Desloges, francês, tornou-se surdo aos 7 anos, devido à varíola, foi defensor da língua gestual, tendo sido autor do primeiro livro publicado por um surdo, onde revelava a sua indignação contra as ideias do Abade Deschamps, que havia publicado um livro que criticava a língua gestual. Desloges, a esse respeito, declarou o seguinte:
Tal como o francês vê a sua língua desvirtuada por um alemão que apenas conhece algumas palavras da língua francesa, penso que devo defender a minha língua contra as acusações falsas deste autor.

— '
Desloges, em seu livro, defende a ideia de que a língua gestual (Antiga Língua Gestual Francesa) já existia, mesmo antes do aparecimento das primeiras escolas de surdos, como criação dos surdos e sua língua natural.


Thomas Hopkins Gallaudet
Jean Itard, primeiro médico a interessar-se pelo estudo da surdez e das deficiências auditivas, usava os seguintes métodos nas suas pesquisas: cargas eléctricas, sangramentos, perfuração de tímpanos, entre outras. [6]
Jean Massieu foi um dos primeiros professores surdos do mundo. Laurent Clerc, surdo francês, educador, acompanhou Thomas Hopkins Gallaudet, educador ouvinte, aos EUA, onde abriram uma escola para surdos, em Abril de 1817, a Escola de Hartford. Gallaudet instituiu nessa escola a Língua Gestual Americana, passou ainda a seu usado o inglês escrito e o alfabeto manual. Em 1830, quando Gallaudet se reformou, já existiam nos Estados Unidos cerca de 30 escolas para surdos.
Ver artigo principal: Thomas Hopkins Gallaudet
Edward Miner Gallaudet, filho de Thomas Gallaudet e também educador de surdos, lutou pela elevação do estatuto do Instituto de Colúmbia a colégio. Esse colégio deu origem, em 1857, à Universidade Gallaudet, onde for presidente por 40 anos.
Nesse interím, Alexander Graham Bell, cientista estadunidense, trabalhava na oralização dos surdos. Casou com uma surda, Mabel. Bell era grande defensor do oralismo e opunha-se à língua gestual e às comunidades de surdos, uma vez que as considerava como um perigo contra a sociedade. Assim sendo, Bell defendia que os surdos não deveriam poder casar entre si e deveriam obrigatoriamente frequentar escolas normais, regulares. No entanto, em 1887 Bell, no Congresso de Milão, admitiu que os surdos deveriam ser oralizados durante um ano, mas se isso não resultasse, então poderiam ser expostos à língua gestual.[7] Esta luta entre o oralismo e a língua gestual continua até aos nossos dias.[8]


Hellen Keller

Em 1880 nasce Hellen Keller, nos Estados Unidos. Hellen ficou cega e surda aos 19 meses de idade, por causa de uma doença. Aos 7 anos Hellen havia criado cerca de 60 gestos (br: sinais) para se comunicar com os familiares. Anne Sulivan, a professora de Hellen, isolou-a do resto da família, conseguindo assim disciplinar e ensinar Hellen. Sullivan ensina a Hellen usando o método de Tadona, que consiste em tocar os lábios e a garganta da pessoa que fala, sendo isso combinado com dactilologia na palma da mão. Hellen aprendeu a ler inglês, francês, alemão, grego e latim, através do braile. Aos 24 anos formou-se, em Radcliffe. Foi sufragista, pacifista e apoiante do planeamento familiar. Fundou o Hellen Keller International, uma organização para prevenir a cegueira. Publicou muitos livros e foi galardoada por Lydon B. Johnson, com a Presidential Medal od Freedoms.
Ver artigo principal: Hellen Keller
[editar] Associativismo
Quando Sicard morreu, o Instituto Nacional de Surdos-Mudos de Paris iniciou um período conturbado. Além de sucessivos diretores que nunca conseguiram estabelecer uma liderança forte, as questões institucionais eram tratadas como questões familiares e o Institudo começou a perder crédito. Como ao longo de toda a história dos surdos, nesta época a luta entre adeptos do oralismo e do gestualismo continuava, dentro e fora do Instituto.
Bébian fundou uma escola privada para surdos, em Paris, onde usava o seu defendido método oralista, sendo proibido aos alunos do Instituto Nacional que contactassem com Bébian, quer dentro quer fora do Instituto.
Em 1829 o Instituto tinha apenas dois professores Surdos e apenas alunos do sexo masculino usufruíam de suas aulas; não existiam pessoas Surdas no conselho diretivo, no conselho colsultivo, na formação vocacional, nem mesmo entre os monitores. Por estarem cientes destes problemas, alguns professores uniram-se na tentativa de mudar o rumo da situação e surgem então duas frentes ideológicas, de um lado os defensores do método oralista, de outro lado os defensores do gestualismo.
No final de 1830 houve um grande movimento de pessoas Surdas, que mexeu com as bases do instituto. Ferdinad Berthier, líder de uma delegação de surdos, escreveu ao Rei Luís Filipe, de França, pedindo a readmissão de Bébian na direção do Instituto - o que chocou de tal modo a administração do Instituto que apenas aumentou as lutas e os desentendimentos de adeptos oralistas e gestualistas, que entraram em ruptura.
Neste época, quase todas as escolas de Surdos em França usavam os métodos de Bébian na educação dos surdos e criticavam as posições do Instituto.
Em 1834, um comité de dez membros Surdos liderados por Berthier organizou um banquete em honra do Abade de L'Épée, banquete esse que se tornou um evento anual, usado pelos Surdos como fórum a fim de publicitar as suas ideias e exigências. Nascia assim o Movimento Surdo, numa época em que pessoas Surdas tomavam conta de suas vidas e tomavam consciência do que os rodeava, lutando por seus direitos e resolvendo seus próprios problemas. Com o tempo, estes banquetes tornaram-se festivais de Língua Gestual.
Em 1838 foi fundada a Sociedade Central de Assistência e Educação de Surdos-Mudos - a primeira associação de Surdos do mundo.
[editar] Congresso de Milão


Alexander Graham Bell

Antes do Congresso, na Europa, durante o século XVIII, surgiam duas tendências distintas na educação dos surdos: o gestualismo (ou método francês) e o oralismo (ou método alemão). A grande maioria dos surdos defendia o gestualismo enquanto que apenas os ouvintes apoiavam o oralismo - por exemplo Bell, nos EUA, fazia campanha a favor deste método, entre muitos outros professores, médicos, etc.
Ver artigo principal: Alexander Graham Bell
Em 1872, no Congresso de Veneza, decidiu-se o seguinte:
• O meio humano para a comunicação do pensamento é a língua oral;
• Se orientados, os surdos lêem os lábios e falam;
• A língua oral tem vantagens para o desenvolvimento do intelecto, da moral e da linguística
O Congresso de Milão, em 1880, foi um momento obscuro na História dos surdos, uma que que lá um grupo de ouvintes, tomou a decisão de excluir a língua gestual do ensino de surdos, substituindo-a pelo oralismo (o comité do congresso era unicamente constituído por ouvintes.).[9] Em consequência disso, o oralismo foi a técnica preferida na educação dos surdos durante fins do século XIX e grande parte do século XX.
O Congresso durou 3 dias, nos quais foram votadas 8 resoluções, sendo que apenas uma (a terceira) foi aprovada por unanimidade. As resoluções são:
1. O uso da língua falada, no ensino e educação dos surdos, deve preferir-se à língua gestual;
2. O uso da língua gestual em simultâneo com a língua oral, no ensino de surdos, afecta a fala, a leitura labial e a clareza dos conceitos, pelo que a língua articulada pura deve ser preferida;
3. Os governos devem tomar medidas para que todos os surdos recebam educação;
4. O método mais apropriado para os surdos se apropriarem da fala é o método intuitivo (primeiro a fala depois a escrita); a gramática deve ser ensinada através de exemplos práticos, com a maior clareza possível; devem ser facultados aos surdos livros com palavras e formas de linguagem conhecidas pelo surdo;
5. Os educadores de surdos, do método oralista, devem aplicar-se na elaboração de obras específicas desta matéria;
6. Os surdos, depois de terminado o seu ensino oralista, não esqueceram o conhecimento adquirido, devendo, por isso, usar a língua oral na conversação com pessoas falantes, já que a fala se desenvolve com a prática;
7. A idade mais favorável para admitir uma criança surda na escola é entre os 8-10 anos, sendo que a criança deve permanecer na escola um mínimo de 7-8 anos; nenhum educador de surdos deve ter mais de 10 alunos em simultâneo;
8. Com o objectivo de se implementar, com urgência, o método oralista, deviam ser reunidas as crianças surdas recém admitidas nas escolas, onde deveriam ser instruídas através da fala; essas mesmas crianças deveriam estar separadas das crianças mais avançadas, que já haviam recebido educação gestual, a fim de que não fossem contaminadas; os alunos antigos também deveriam ser ensinados segundo este novo sistema oral.[10]
Uma década depois do Congresso de Milão, acreditava-se que o ensino da língua gestual quase tinha desaparecido das escolas em toda a Europa, e o oralismo espalhava-se para outros continentes.
[editar] Durante o século XX
Em resultado da evolução nos campos da tecnologia e da ciência, no século XX, particularmente no campo da surdez, a educação dos surdos passou a ser dominada pelo oralismo (que encara a surdez como algo que pode ser corrigido). No entanto, sem a cura da surdez[11] os insucessos do oralismo começaram a ser evidenciados, pois os surdos educados no método não os ajudava a conseguir um emprego, comunicar com ouvintes desconhecidos ou manter uma conversa fluída. [12]


Ilustração do interior de um implante coclear.

Entretanto, surge o primeiro aparelho auditivo, em 1898.[13] Na Antiguidade, os aparelhos usados eram cornetas, ou tubos acústicos,,[14] mas a ampliação electrónica começou com Bell, em 1876, quando inventou o telefone com a intenção de amplificar o som para a sua esposa e mãe, ambas surdas.[15] ideia que é concretizada em 1900, em Viena, por Ferdinand Alt.[16] Só em 1948 surgem aparelhos com pilhas incorporadas e em 1953 começou a ser usado o transístor em próteses.
Em 1970 aparecem as primeiras tentativas de implantação coclear. Esse tipo de implante sempre gerou muita controvérsia nas comunidades surdas em todo o mundo. Os argumentos a favor do implante resumem-se ao acesso à língua oral, na idade crítica de aquisição, que a cirurgia é simples e segura e com a possibilidade de proporcionar à criança de ter uma vida social com som, e não com deficiência.[17][18] No entanto, a comunidade surda, como um todo, é contra a implantação coclear em crianças surdas, antes da aquisição da linguagem.[19][20] Pensa a comunidade que obrigar a criança surda a ser ouvinte, mesmo não sendo, influencia outros a negligenciar necessidades e meios de apoio à deficiência. Muitos médicos recomendam que o implante coclear seja acompanhado com a língua gestual, especialmente nos primeiros anos da criança, a fim de assegurar o pleno desenvolvimento cognitivo da criança. Segundo fontes médicas, os riscos do implante coclear incluem: infecção, vertigem, estimulação retardada, forte exposição a campos magnéticos, necessidade de acompanhamento médico por toda a vida.[21][22]

 Segunda Guerra Mundial

Em 1920, antes da chegada dos nazis ao poder, surgiu nos EUA e na Alemanha um movimento da comunidade médica, com apoio das sociedades em questão, em prol da esterilização de doentes mentais e psicopatas criminosos (na Alemanha este movimento ficou conhecido como higiene racial). Em 1933, com a chegada dos nazis ao poder, este movimento teve suporte político. Nesse mesmo ano, na Alemanha, foi aprovada uma lei para esterilizar as pessoas portadoras de doenças genéticas transmissíveis, incluindo a surdez.[23][24]
Na época, Berlim continha cerca de vinte e cinco comunidades de Surdos.
Em Junho de 1933, o jornal alemão mencionou o primeiro Surdo a pertencer às S.A. e uma unidade militar composta dos Surdos; um ano mais tarde, esta unidade foi dissolvida, sob pretexto de que o grupo não reunia o perfil da imagem do nazismo ideal.
Entretanto, os Surdos começaram a perder os seus direitos:
• os programas recreativos para surdos foram extintos;
• crianças surdas foram expulsas das escolas e denunciadas às autoridades;
• gradualmente, as escolas de Surdos foram encerradas e convertidas em hospitais militares.
Dados comprovam que, em 1937, 95% das crianças surdas pertenciam à juventude hitleriana, tendo a letra G (em alemão, inicial de gehoerlosan) marcada no ombro do casaco.
Posteriormente, assim que começou a guerra, a Alemanha passou da esterilização para a eutanásia, tanto por razões económicas, como por razões ideológicas. Em 1941, era comum o uso de eutanásia nos hospitais, onde eram mortos bebés com deficiência, incluindo surdos.[25] Posteriormente, tornou-se comum a prática do aborto, que era aplicada quando se suspeitava que os fetos poderiam ter deficiências congénitas, ou qualquer tipo de doença, como no caso da surdez.
Poucos surdos escaparam, sobrevivendo em guetos e nos campos de concentração na Alemanha, Polónia e Hungria.
[editar] Fontes e notas bibliográficas
• História dos Surdos no Mundo, editora Surd'Universo. (ISBN 978-989-95254-1-2).
• História dos surdos
• O Surdo e a História de sua Educação
• História da Educação dos surdos no Brasil
• A Evolução da Comunicação entre e com Surdos no Brasil

Referências

1. ↑ http://www.antropologia.com.br/divu/colab/d13-pvpfeifer.pdf, página 85.
2. ↑ [1]
3. ↑ http://www.surdo.org.br/informacao.php?info=Historia&lg=pt
4. ↑ Sêneca, Apud Silva, 1986, p. 129
5. ↑ Sónia Maria do Carmo, www. deficiente.com.br/artigo423.html
6. ↑ História dos surdos no mundo, página 38.
7. ↑ http://www.dspcom.fee.unicamp.br/cristia/surdos/h_surdo_prof.html
8. ↑ A História dos surdos no mundo, página 55.
9. ↑ Alejandro Ovideo, 2006
10. ↑ Todas as 8 resoluções: História dos surdos no Mundo, página 66-68
11. ↑ Não há cura para a surdez.
12. ↑ A História dos Surdos no Mundo, página 71.
13. ↑ História do aparelho auditivo
14. ↑ Aparelho auditivo na antiguidade
15. ↑ História dos Surdos no Mundo, página 72,
16. ↑ www.asurdosporto.org/images/cronosurdo.doc Cronologis do Surdo - Ferdinand Alt
17. ↑ http://www.fmrp.usp.br/revista/2005/vol38n3e4/6_implante_coclear.pdf
18. ↑ O implante coclear e seus benefícios
19. ↑ Comunidade Surda e implantação coclear
20. ↑ Implante coclear é uma forma de ouvir?
21. ↑ História dos Surdos, página 77
22. ↑ Riscos do implante coclear
23. ↑ O nazista
24. ↑ O nazista em Allende
25. ↑ Nazismo e eutanásia